Elogio estudo é o terceiro livro da série que começou com Elogio da escola e continuou com Elogio do professor. Neste volume, o estudo é pensado como um tipo de relação com o mundo, e não como uma forma de aquisição de saber. Nesse sentido, o estudo constitui um conceito ontológico antes que epistemológico, dado que não se refere tanto ao conhecimento, mas sim ao mundo e à maneira de estarmos nele.

A palavra "estudo" tem uma ressonância antiga e, portanto, anterior à captura psicológica da educação, à mercantilização da escola e à sua transformação em uma máquina meritocrática a serviço da economia. Sua origem é pré-moderna, antecedendo o que se costuma chamar de "escola tradicional". Mas quiçá, justamente por isso, a noção de estudo possa nos ajudar a compreender de forma radical a natureza e o sentido da escola atual, precisamente agora que os espaços, os tempos, os rituais e as materialidades que até aqui constituíram seu universo específico parecem estar seriamente ameaçadas.

Fernando Bárcena é professor de Filosofia da Educação na Uni¬versidad Complutense de Madrid (Espanha) e músico, sob a modalidade de canção de autor. Seu último livro é Maestros y discípulos: anatomía de una influencia (Ápeiron Ediciones, no prelo).

Maximiliano Valerio López é professor de Filosofia da Educação na Universidade Fe¬deral de Juiz de Fora (Brasil). Seus últimos trabalhos incluem três ensaios: "Filmar a escola"; "Skholé e igualdade" (em diálogo com Jan Mass¬chelein e Maarten Simons); e "Bolhas de sabão" (em diálogo com Jorge Larrosa), todos publicados na série dos Elogios da coleção Educação: Experiência e Sen¬tido. Também dirigiu o filme Teoria da escola (2016).

Jorge Larrosa é pro¬fessor de Filosofia da Educação na Univer-sitat de Barcelona (Es¬panha). Seu último li¬vro publicado é Esperando não se sabe o quê: sobre o ofício de professor (Autêntica, 2018) e, com a colaboração de outras pessoas, coordenou a edição da Série dos Elogios (da escola, do professor e, agora, do estudo) na mesma editora.